Por: Ricardo Árcoli
contém SPOILERS.
Fazem sete meses, mais precisamente sete meses e seis dias (19 de Julho de 2019), que o grande ator Rutger Hauer, nos deixou em decorrência de uma curta doença não revelada. Eu particularmente sou um grande fã de seu trabalho e acompanhei com atenção seus maiores e melhores triunfos. O filme que irei analisar aqui, é, sem sombra de dúvidas, um clássico road movie oitentista de abalar estruturas. Pegue esta estrada comigo, mas vou logo avisando: NÃO PARE PARA NINGUÉM!
SINOPSE: Um jovem, Jim Halsey (C. Thomas Howell), está levando um carro para a Califórnia. No caminho ele dá carona a um psicopata, John Ryder (Rutger Hauer), que mata todos os motoristas que lhe dão carona. Entretanto, Jim consegue escapar mas o louco assassino começa a persegui-lo de maneira implacável. Para piorar as coisas, a polícia pensa que Jim é o autor das mortes.
Este filme embalou minha adolescência e ajudou a despertar o gosto pela sétima arte. “A MORTE PEDE CARONA” é um filme para se sentir e não apenas para entender, pois é um estudo de toda perversidade que habita os confins da mente de um psicopata.
A atmosfera solitária, a chuva, a própria estrada em si, ditam as regras de um jogo insano onde apenas a sobrevivência é o primeiro prêmio. Fico imaginando o impacto que esse filme causou na década de 80, chega a ser insana a perseguição obsessiva do psicopata vivido com maestria por Rutger Hauer, sério, o cara mete medo até no Kratos, sem brincadeira!
Este clássico de suspense merece muito a nossa atenção, pois apesar de ter um baixo orçamento e um roteiro simples e direto, conduz uma história magnífica e eufórica, ao contrário de produções maiores e que foram um fiasco, apenas para jogar dinheiro no lixo. A trilha sonora é bem típica dos filmes oitentistas do gênero, eu adoro o uso de sintetizadores que marcam e cadenciam, dando um aspecto de tensão fora do comum. O deserto é um cenário fascinante para filmes de suspense, causando o sentimento de vazio e abandono, sinistro demais!
Uma curiosidade sobre o filme é que o longa é baseado em um tratamento de roteio (nome que se dá para as várias tentativas de finalizar um roteiro) escrito por Eric Red em 1981, e na canção Riders on the Storm, da banda norte-americana The Doors, se você ouvir a canção, encontra vários elementos do filme na mesma, experimente.
A moral da história é que o assassino estava tentando desde o principio do primeiro encontro com aquele jovem despertar o desejo assassino do garoto abalando literalmente o seu psicológico isso explica o motivo de ter deixado vivo no final do filme. No final, morre um assassino, para nascer um outro.
(Capa clássica do DVD)
Em suma, “A morte pede Carona” é simples, rápido e eficaz, com um dos maiores vilões do cinema, tensão e cenas marcantes, e o final sensacional, clássico absoluto do Suspense. O filme ganhou uma sequência em 2003 e um remake em 2007, totalmente descartáveis, pelo menos na minha opinião. E vocês, já assistiram a este clássico? Deixem um comentário que é super importante. Valeu!!!!