Eu assisti este filme há algum tempo e preferi não fazer a crítica logo de cara
pois precisava digerir com calma o que estava assistindo, para pontuar certas coisas que achei pertinentes. Mas no geral, é muito bom!
O filme conta a história de Salvador Mallo (Antônio Banderas), um melancólico cineasta em declínio que se vê obrigado a pensar sobre escolhas que fez na vida quando seu passado retorna. Entre lembranças e reencontros, reflete sobre sua infância na década de 1960, seu processo de imigração para a Espanha, seu primeiro amor maduro e sua relação com a escrita e com o cinema.
Gosto muito das produções de Almodovar – mesmo exageradas e caricatas – e esta, em especial, chama a atenção por ser Autobiográfica (ele disse que não, e eu digo que não acredito) e também mais contida. Não é descaracterizada, apenas mais pé no chão em vários aspectos. Aqui, a história mostrada é bem redondinha e nos entrega várias emoções ao falar sobre vício, dores físicas e emocionais, o peso de um ressentimento, amizade e frustração, a melancolia ao dialogar com o passado e as escolhas que moldaram seu presente. Enfim, uma vida e todos os seus percalços.
A fotografia é belíssima e carregada no vermelho, cor que Almodovar adora, diga-se de passagem! O elenco é sensacional, Antônio Banderas entrega um personagem sensível e muito problemático, cheio de dores crônicas como na cabeça e coluna, alto grau de depressão e bloqueio criativo. O interessante é a sutileza como tudo isto é mostrado sem abuso ou exageros do ator, que conseguiria convencer até o INSS sem esforço! Já o elenco de apoio é preciso e reforça o tom de veracidade.
A cena final é construída de maneira incrível e nos enche de esperança e orgulho do cineasta. É um filme que te faz pensar sobre a vida e te encanta ao mesmo tempo. Assistam Dolor y Gloria e venham trocar uma ideia! Até a próxima!
NOTA: 6,5
Assista ao trailer:
Link para baixar o filme:
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