A noite do Oscar nos revelou uma grande e grata surpresa na noite de ontem (9), ao premiar “PARASITA’’ com o prêmio máximo da noite, o de melhor filme, além de mais três premiações.
Confesso que minha torcida pendia entre ele e “CORINGA”, mas achava que nenhum dos dois levaria, já que a disputa estava acirrada em uma noite em que o favoritíssimo “1917” e o peso da direção de Martin Scorsese em “O Irlandês” eram sem dúvida, uma ameaça considerável e iminente. Quando o nome de Parasita foi anunciado, fiquei boquiaberto – pois conheço o padrão de escolha do Oscar e sei que o que vimos ontem seria pouco possível – e surpreso ao mesmo tempo, mas acima de tudo, feliz!!!!
Por isto resolvi trazer algumas curiosidades sobre o grande vencedor do OSCAR 2020. Para quem já assistiu ao filme, vale como conhecimento agregado e para quem não conhece, é uma ótima oportunidade para fazê-lo. Vamos lá?
A ideia inicial para o filme
Parasita seria uma peça de teatro inicialmente e contaria com dois cenários que ambientariam as casas da família pobre e da família rica.
“DECALQUE’’ seria o nome do longa
Em uma entrevista ao The Hollywood Reporter, o diretor e roteirista vencedor do Oscar Bong Joon-ho contou que o título do filme, anteriormente, seria Decalque. O motivo, explicado pelo próprio diretor é: “Quando você olha para o resultado de um decalque, os dois lados parecem idênticos à primeira vista. Mas, se olhar com atenção, verá que existem diferenças. Isso meio que explica algo sobre as duas famílias do filme.”
O roteiro foi inspirado na vida de Bong Joon-ho.
Quando o diretor estava na faculdade, passava por dificuldades, já que não veio de família rica e, para ajudar nas despesas, dava aulas para o filho de um casal rico, e com uma certa frequência sentia como se estivesse “espiando” eles. Inclusive, o caso da sauna particular, representada em Parasita, aconteceu de verdade, nessa casa em que o diretor era tutor.
O filme teria sido cancelado se ong Kang-ho recusasse o papel de patriarca da família pobre.
O papel do pai de família desempregado vivido pelo ator Song Kang-ho foi escrito especialmente para ele e mais ninguém, portanto se o mesmo recusasse, não teria filme. O diretor chegou a dizer em entrevista: “Não havia alternativa. Só ele poderia fazer o papel”. O homem era o amuleto do diretor.
O filme e o fluxo da água: entenda a ANALOGIA.
A ideia da água recorrente e marcante não foi proposital segundo Bong Joon-ho, mas acabou percebendo sua importância ao longo das filmagens. Ele disse que o elemento “não é importante por si só, [mas] corre de cima para baixo, e serve como um elemento trágico e dramático no filme”. Ele acrescentou também que “a água sempre flui dos mais ricos para os mais pobres, nunca ao contrário”.
Um sonho [praticamente] impossível
Apesar de ser o sonho de Kim Ki-woo, levaria cerca de 540 anos para ele conseguir comprar a casa em que está preso no final do filme. O cálculo, feito pelo próprio diretor, foi calculado com base no salário médio do personagem.
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